domingo, 6 de maio de 2012

Quem quer ser feliz? Eu! Eu quem!?!

Tenho 2 "eus" dentro de mim. Um é bem sensato, sabe muito bem o que é bom para o bem comum, conhece o "Guia do Politicamente Correto" como ninguém e vive me cobrando posturas melhores. O outro é mais radical, quase que "do mal", quer que eu defenda sempre meu ponto de vista, que lute pelos meus direitos, que eu seja eu sempre, custe o que custar. 

O primeiro me propõe uma felicidade dentro do padrão normal da sociedade, sem exageros e sem me esquecer do próximo, uma felicidade quase artificial. O segundo é adepto de uma felicidade livre e sem obrigações, me dá até o direito de ficar triste e brigar vez ou outra. Obviamente, me interesso pela segunda oferta. Mas o preço é muito alto e é pago à vista, no "cash". O primeiro oferece vantagens, tem desconto, parcela, dá brindes e até manda amostras sem que eu peça. 

A  verdade todos nós sabemos, se a vida facilitar demais, na morte pagaremos os juros com as as devidas correções. 

Então porque é tão difícil ser você mesmo? 
Porque você tem que assumir as consequências! E, nem sempre, estamos preparados para pagar esse preço diante de todos. Sabe quando tem uma coisa que você quer muito e pagaria qualquer valor por aquilo, mas não teria coragem de contar que pagou tão caro por algo ás vezes fútil, ás vezes ridículo ou que simplesmente não vale tanto? Então, é assim.  Na maioria das vezes, o que nos paraliza é o olhar do outro, o que vão pensar. E só de imaginar uma reprovação, lá está você, colocando de volta na prateleira aquele cofrinho de porco dourado ou a calça xadrez ou o curso de beleza ou o ingresso para o show do Belo... 

Nós vivemos em sociedade mas isso não quer dizer que a minha vida tem que ser vivida como minha mãe, meu pai, minha irmã ou minha amiga considera o ideal para mim. Pedir opinião, tudo bem. Ficar preso no que os outros esperam de mim, não me leva a lugar nenhum.