quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Eu, meu...

Confesso que estou sem paciência para algumas pessoas, situações e conversas... 

Há muito já havia percebido que estava passando por cima de mim, deixando as coisas me levarem... cada um vinha e depositava o que queria... minha sorte é que, a maioria das pessoas de minha convivência são pessoas decentes e relativamente tranquilas... mas mesmo, assim me cansei.

Cansei de desmarcar compromissos, pensar mil vezes antes de dizer não, querer agradar (mesmo negando que estava fazendo isso), ser mal interpretada, me considerar uma pessoa horrível, não aceitar elogios e gentilezas, ficar sempre esperando e no fim, me culpar por tudo que não saiu do jeito que eu queria...

Estar sempre sofrendo por alguma coisa é muito chato. Nunca está bom o suficiente e talvez será sempre assim. Ou eu vou conviver bem com isso, ou isso vai fazer dos meus dias um inferno.

Em alguns momentos parece que me colocar em primeiro lugar na minha vida soa um pouco grosseiro e egoísta... mas, na verdade, não. A vida já é minha! E eu preciso tomar posse dela.

Estar mais ligada a mim me ajudará a sofrer apenas pelo necessário e não por tudo. E também a ser feliz e estar em paz mesmo que o momento não seja o mais perfeito.

Estou certa de que esse é o caminho a seguir. Ser mais amável comigo e dura na medida certa. Nada de exageros por um tempo... Sei que estão me estranhando (eu também estou) mas, daqui a pouco terão se acostumado. O processo é lento e só me acompanhará quem realmente quiser ficar do meu lado. Provavelmente perderei alguma coisa com isso, porém estou fixa na ideia de me ganhar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Ode


Preciso de um papel e uma lágrima.
Dias de sol e praia.
Recomeçar o que não tem começo.
Caminhar com desapego.
Vejo, ouço, falo, sinto.
E nada ainda faz sentido.
Penso em mudar o mundo.
É tudo muito vazio e restrito.
Não vou a lugar algum assim.
Quero um gole de utopia,
Uma cidade com jardim, música alta e cantoria.
Alguém que sinta a minha falta.
(E que ainda tenha rim.)
Sorrisos sinceros eu tenho,
Só não sei onde os deixei.
Leve com você meu medo e desesperança.
Faça meus olhos se abrirem.
Inspire a minha arte.
Permita que eu volte a ser criança.

Vivendo e aprendendo


Depois de planejar o futuro das amigas, pensou em como gostaria que aquilo que falaram se tornasse real. Real e eterno. Seria uma vida perfeita, mesmo com os tantos problemas que ainda surgiriam, coisa de filme! Juntas para sempre! A sensação era de que daria tudo certo e de que se orgulharia de ter feito parte dessa história.
Lembrou que precisava sair do campo da imaginação para fazer as coisas acontecerem. É isso que ela está aprendendo esse ano. No ano passado aprendeu a sair do imaginário e viver no mundo real... Agora chegou a hora de sonhar e colocar o sonho em prática. (Ela vai conseguir, é uma boa aluna...)
Daqui um tempo verá os frutos de seus movimentos e, eu sei que, estará tão feliz quanto está agora enquanto planeja todas essas improbabilidades.

Lembre-se:
Onde estiver, queira estar.
O que fizer, queira fazer.
O tempo é cruel e vingativo, mas também pode ser amigo.
Não se deixe prender.
Não esqueça que para voar é preciso deixar os excessos de lado.
Siga suas vontades e se respeite.
Viva os sentimentos que brotarem.
Não perca oportunidades.
Vá até o fundo do poço se for preciso, mas não se envergonhe quando precisar aprender o caminho de volta.

Aguardo notícias!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Desligando o despertador

O som do despertador me diz que algo não vai bem. É o sinal de que o mal estar de viver chegou. Toda manhã é a mesma coisa, não gosto de ter hora para acordar e não gosto de ter que sair cedo. Mais do que não gostar, é não aguentar. Todos os dias acordo me sentindo mal. Enjoo, dor de cabeça, dor no corpo... tudo isso faz parte da minha rotina diária matinal. Fico cambaleando na minha cama na esperança de poder ficar lá até tudo ficar bem ou, quem sabe, do mundo acabar antes que eu me levante. Mas não posso me dar esse luxo. Levanto com tudo aquilo que não queria sentir e saio. Nunca estou bem pela manhã e cada dia isso vem piorando consideravelmente. Não venha me dizer que me deitei muito tarde ou que meu colchão e travesseiro  não estão adequados. Não! Simplesmente meu corpo não funciona cedo. Só isso! E venho tentando arrumar um jeito de me respeitar. Preciso urgente pensar numa alternativa viável. Quero levantar e sentir vontade de viver! Não quero me sentir morta todos os dias e ficar me desdobrando para conseguir fazer coisas simples como escovar os dentes, tomar café, me vestir... É uma tortura sem tamanho, acordar e não estar ali nunca. Quero acordar e sentir a vida que pulsa em mim! Quero levantar na certeza de que o dia será bom, que a vida vale a pena e que eu sou uma pessoa normal.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Conversas sobre o tempo


Precisava falar com você. 
Na verdade, tem tanto tempo que venho tentando conseguir um horário na sua agenda, que o que tinha para falar já até mudou.
Não consigo entender o porque de tanto empecilho. Era só uma conversa.
Não consigo te entender.
Sei que muitas coisas já aconteceram, mas não justifica todos esses esquivos.
Parece até que tem mais de uma pessoa aí dentro.
A vantagem da demora é que, se assim continuar, terei sempre alguma coisa a falar.
Talvez um dia te conte tudo, desde o começo. Talvez não.
Sei que seria mais leve se tivéssemos sentado no início e colocado as cartas na mesa. 
Agora fingiremos uma boa relação. Vamos sorrir como se estivéssemos felizes e seremos gentis como sempre.
Depois de um tempo, tudo voltará a ser como é agora. E, mais uma vez, o tempo determinará como será essa história.

Precisava muito falar com você.
Na verdade, acho que já deveria ter falado. Ou não.
Tenho medo de colocar tudo a perder com as minhas verdades. Não vou estragar tudo outra vez.
Não sei nem como começaria essa conversa. É só uma conversa. Uma conversa que pode ser muito boa ou muito ruim. Não me sinto pronta para arriscar.
Daqui um tempo, bem menos tempo do que eu gostaria, isso se fará necessário. E terei que ser forte.
Tentarei aproveitar ao máximo antes que esse dia chegue. E quando chegar, espero estar muito enganada quanto à sua posição. 
Enquanto isso, que o tempo seja suave e generoso conosco. Que o presente valha as lacunas que se abrirão no futuro.

Queria falar com você.
Tanto tempo se passou e nunca lhe disse seu valor.
Pode ser que isso não lhe servirá de nada. Mas gostaria de falar, se fosse comigo gostaria de saber.
Não quero que o tempo volte. Não faz sentido.
Acho que é só um agradecimento, uma conversa, alguns risos e talvez um abraço.
Nada mudará, não tem que mudar.
O tempo traz e leva o que tem que trazer e levar. Não somos nós quem decidimos tudo.
Muitas coisas só o tempo dirá o quanto valeu ou vale.

Vou falar com você!
Sabe esse negócio de viver o momento. É isso! Aprenda antes de se arrepender novamente.
Conversas sempre serão necessárias e só você poderá dizer o que deve ser dito. 
Se tem uma hora certa para dizer, não sei te responder. Viva o momento e esteja sempre no clima, assim não corre o risco de errar.
Fique mais aberta e permita-se errar. Só o tempo dirá o que era para ser.
Deixe que as coisas aconteçam para depois pensar sobre elas. Quantas vezes adiantou sofrimentos que, provavelmente, nem existiriam ou nem existiram... Ouça mais. Fale menos.
O medo existirá sempre e nada que eu disser vai te aliviar quando os bichos-papões estiverem por perto.
Permita-se viver.
Permita-se ser livre.
E deixa que o tempo cura o que tiver que ser curado e vinga o que for para vingar.

Apressa-te

Ela estava chorando de novo... não sabia como disfarçar tamanha dor. 
Os olhos molhados e o coração apertado.... achou que não passaria mais por isso.
Cheia de justificativas, tentava se defender de acusações que ainda não existiam.... ela sofria.
Dizem que os sintomas físicos aparecem depois de muito ignorarmos os psicológicos... talvez seja assim mesmo.
Ela sempre se viu de maneira distorcida e sempre desacreditou das coisas que conseguia... baixa estima.
Essa menina sofria com o enorme peso que carregava nos ombros... resultado de traumas, medos, lembranças, rótulos e crenças que viveu e vive.

Foi sempre assim e sempre pareceu que seria assim para sempre.

Porém, dessa vez, o choro não foi de paralisar... chorou, sofreu e decidiu que iria fazer alguma coisa por ela.
Tirou a viseira e viu que tinha muita coisa ao seu redor... desfez o nó que a prendia e foi ver o mundo de outro lugar. 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Sentada e calada

Já não disse pra você ficar sentadinha lá?
Todos os dias, logo ao acordar, tento ser aquela pessoa que eu gostaria de ser. É claro que não consigo ser o melhor durante o dia todo, mas tenho tentado. 
Imaginem o quanto é difícil tentar ser diferente do que sempre foi com um monte de gente te lembrando como é que você era...
Eu não sei até quando tentar mudar vai funcionar. Porém, acredito que está valendo a pena...
O problema é que tenho permitido ser diferente a ponto de perceber coisas totalmente estranhas ao que eu achava ser.
Daí pude perceber que, talvez, esse "eu" estivesse aqui o tempo todo... era esse o "eu" que esteve o tempo todo sentado aqui dentro de mim. Eu sou essa que tenho me permitido ser.
Sinceramente acho que demorei muito tempo para me libertar (não que tenha me libertado por completo...). Ao mesmo tempo acredito que as coisas acontecem quando tem que acontecer.
Continuo sentindo medo de muita coisa. E cada dia mais...
Não queria que todo esse medo me paralisasse de novo. Só depende de mim, eu sei, a questão é que não sei até quando vou conseguir me segurar...
De qualquer forma, tem sido muitíssimo válido!
Deixo hoje aqui, minha angústia mais esperançosa. Minha coragem mais acovardada. Meu coração mais aberto.
Espero que ainda haja tempo para ser um eu mais puro e para aceitar-me de forma mais decente.
Espero que consiga lidar comigo a ponto de não me desprezar.
Espero que tudo isso resulte em uma vida cada vez mais feliz e saudável.
Espero que, caso tudo dê errado, que eu possa, consiga e queira voltar sem maiores sofrimentos.